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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Eu vivo um livro...

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Às vezes eu penso que vivo um "Show de Truman" (filme), mas na versão literária. Eu estou vivendo minha própria história, escrita por alguém. Não sei quantos volumes a história terá, mas muita gente participa dela. Poderia falar em capítulos, mas além de ser muito clichê, acho que é muita história para pouco espaço. O enredo talvez já tenha chegado no seu ápice, mas o autor sempre quer contar um pouquinho mais. E o leitor aguarda ansiosamente.

Nas circunstâncias atuais, julgo que a história estaria mais ou menos no quinto volume. Sim, já passei a fase da adolescência (volume 1) e todos seus problemas como apêndices: escolha de profissão, supostos amores não correspondidos, mudança de cidades, morar com avós, distanciamento de amigos, decepções, faculdade.

Depois disso conheci o rapaz certo, demorou só 24 anos (dava para ter escrito mais uns três volumes nessa época). A história focou mais o tempo de conquista e ansiedade (volume 2) até que de fato ele me pedisse em namoro, sim porque não há mulher que comece a gostar de alguém que não pense logo em namoro, noivado, dia do casamento. Sim, mulheres = ansiedade.

A partir daí a história ficou meio em banho-maria, pois tudo estava bem, os programas de casais eram legais, não havia problemas maiores. Até a crise do "Será que vou casar?" (volume 3). Sim, depois de já ter conquistado o bofe, vem a fase de medo de ele não querer um compromisso sério (como se namorar ainda não fosse sério). Então veio o sonhado pedido, romântico como qualquer menina, adolescente, mulher, sonha em ter. São muitas páginas de imaginação, de sonhos, de desejos.

É aí que chega a fase bridezilla - noiva Gozilla para quem não ouviu falar - (volume 4), acompanhando todas as emoções e os perrengues de organizar um casamento. Como a noiva pode enlouquecer o noivo, como a mãe da noiva pode enlouquecê-la. Como tudo poder dar errado ou simplesmente tudo pode se resolver com uma ajudinha do noivo. Até que chega o dia tão esperado em que quase tudo dá certo, nenhuma madrinha tropeça na igreja, ninguém tira a roupa na festa, os noivos não perdem o avião. A lua-de-mel é surpreendente. E assim se encerra esse volume.

Pois agora vivo o volume 5, onde tudo parece perfeito que tenho que achar pequenos problemas para continuar a narrar o enredo da vida. Uma máquina de lavar roupas que estraga, as goteiras na casa, as conversas sobre ter ou não ter filhos, mudar de perspectiva de vida, estudar para concurso ou escrever um livro, viajar ao redor do mundo e largar tudo. Pequenas reflexões que ainda não encerram esse volume. 

Mas sei que um dia um volume distante vai encerrar minha história, só espero demore muitas páginas para chegar. Assim eu posso narrar muitos ápices de felicidade, deixar muitos leitores em banho-maria e ao final agradecer por ter vivido a história da vida, da minha vida, que não passa de um ensaio, de um esboço de livro, até o dia em que eu for pro céu, aí a série de livros estará finalizada e publicada. 




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