Mulheres inteligentes, relações saudáveis - Augusto Cury

Devo ler (X) Sim 

Adaptação em filme (X) Não 

Tempo de leitura: 3 dias 

Páginas: 172 (Editora Academia)

Muitos sabem que não gosto de ler livros que não tenham uma historinha, um enredo. Mas este livro, apesar de ser deste estilo, me cativou. É a terceira obra de Augusto Cury que leio (já li o Vendedor de sonhos e Futuro da Humanidade - ótimos para pensar e filosofar - e são de histórias) e valeu a pena.

Diria que é um livro estilo mulherzinha, mas sai do padrão "como conquistar um homem", até porque é escrito por um homem (contraditório, porque dizem que os homens não compreendem as mulheres). Certo, alguns poderiam encaixá-lo no setor de autoajuda.

Augusto Cury descreve opções para uma mulher construir relações saudáveis, mas que para isso, ela precisa ser bem resolvida. Bem resolvida no sentido de se conhecer e ter domínio sobre sua mente. O autor, que é psiquiatra e psicoterapeuta, trabalha o livro em cima do "Eu" como autor da história. 

Não gostou? Vai gostar agora: ele cataloga 14 tipos de mulheres, separando por características marcantes. As leitoras podem identificar-se com vários tipos. Tem a observadora, a analítica, a que vive num casulo, a impulsiva, a transparente, a ansiosa, entre outros tipos. Dicas importantíssimas!!!

Bom, depois de identificar sua personalidade e avaliar os pontos positivos e negativos, o autor lhe ensina como trabalhar a mente feminina para alterar tais fatores a seu favor e aprimorar os relacionamentos, seja com marido, namorado ou filhos. 

Sem esquecer que o livro tem ótimas frases de efeito, como estas:

"Ninguém é digno de um belo romance se não usar suas lágrimas para irrigá-lo" (p. 99).

"Elogiar é exaltar o visível, surpreender é exaltar o invisível [...] Você atinge o céu da relação quando une a arte de elogiar com a arte de surpreender" (p. 130).

Esta praticamente define o livro:

"Mulheres inteligentes têm a convicção de que seu Eu não pode ser passivo, estéril, frágil, mas equipado, educado e treinado para deixar de ser espectador passivo de seus traumas e se transformar no ator principal da sua superação" (p. 33).

Ps. No início de cada capítulo o autor coloca uma nota útil direcionada aos homens: dicas para os homens inteligentes.

Ex.: "Dialogar é cruzar mundos, penetrar na intimidade, segredar experiências. Um homem inteligente não tem medo de falar de si mesmo e declarar seus sentimentos. Sabe que desenvolver sensibilidade não diminui sua masculidade, ao contrário, a enriquece" (p. 141).