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quarta-feira, 17 de junho de 2015

Desfazendo-me de livros...

... não, nunca, jamais!! Era o que eu dizia até meses atrás. (Até falava que se minha casa pegasse fogo eu salvaria meus livros)

Dai comecei a olhar, fazer as contas. Tinha 253 livros em casa, muitos lidos, outros ainda não. E pensei que desperdício todos parados na estante. Empresto vários para amigos, mas não passam de vinte. Então os outros livros apenas enfeitam minha sala (e eu amo minha estante). 

Mas daí vi gente que gosta de ler desde os 14 anos e a mãe compra vários livros e pensei: tenho vários que ele vai gostar. Por que não incentivar um adolescente dessa idade a montar sua biblioteca particular também? Lá se vão 3 livros escolhidos por ele da minha estante.


Coincidentemente na mesma semana recebi uma mensagem perguntando se eu tinha livros para doar para uma adolescente de 13 anos acolhida no abrigo e que já leu todos os livros da casa (que também fizemos campanha). Simmmm! Óbvio, separei mais 7 livros, fiz marca páginas e cartãozinho de presente. Quem sabe assim a imaginação desperte nela sonhos antes nunca sonhados.
Livros com as caixinhas. Faltou o último, que escolhi depois.
Entonces 10 livros já se foram. Amo ler, amo comer, então porque então não unir as duas coisas e ainda incentivar a leitura? Decidi que levaria livros para lugar onde as pessoas pudessem comer e ler (coisa que eu procuro em Floripa). Tinha ideia de montar um minibiblioteca comunitária, várias amigas deram dicas de lugares. Em algum café da cidade.

Mas daí apareceram vários prós e contras e surgiu uma notícia de uma instituição inaugurando um espaço para jovens e adivinhem? Decidi que levaria meus livros para a tal instituição. Essa merece um post especial. 

Pois bem, buscando ser minimalista, gostando de me desapegar das coisas, estou aprendendo a me desapegar até dos livros, mas não das histórias, essas sempre seguem comigo. Quantas situações da vida eu não comparo aos livros ou sonho que um dia aconteçam como nos livros. Até que ponto isso é saudável? Não sei, mas sei que me desapego de livros, mas não me desapego dos personagens, dos romances, das alegrias, dos conflitos, da vida em si. 

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