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quarta-feira, 25 de março de 2015

A garota que você deixou para trás - Jojo Moyes

Título: A garota que você deixou para trás
Autora: Jojo Moyes
Páginas: 384 (Editora Intrínseca)
Ano: 2014
Adaptação em filme: (X) Não
Tempo de leitura: 17 dias
Mais informações sobre o livro no site da Editora: A garota

Um livro para se prender, se emocionar, se impressionar com a profundidade de amor entre um casal e a profundidade de maldade do ser humano. A autora tem um modo de escrita excelente, onde a leitura flui de maneira imperceptível. Jojo tem a capacidade de arraigar o leitor na trama e fazer com que se sinta parte, sentindo as dores e amores dos personagens. 

A parte histórica e rica em detalhes do tempo da Primeira Guerra Mundial chama a atenção, faz compreender o suplício que foi para alguns simplesmente sobreviver em vez de viver, mostra que o homem, por poder, pode desprezar outro ser humano de diversas formas. Deixa claro que a vida pode se perder como um fio de cabelo.

O livro é dividido em duas partes, são duas histórias que se encontram. Sophie vive na França durante a Primeira Guerra Mundial e sofre as brutalidades do povo alemão enquanto seu marido está no front. Ela se vê obrigada a cuidar do irmão, da irmã, dos sobrinhos e de um pequeno hotel, isso em tempos de miséria, onde a comida é tão escassa que um pão velho e mofado é considerado banquete.

A esperança que faz Sophie levantar todos os dias da cama é a volta de seu marido. Enquanto isso, ela admira seu retrato pintado por seu marido Édouard. O quadro está pendurado no hotel, pois Sophie, apesar de tudo, é impetuosa e arrisca ter seu quadro tomado pelos alemães. A obra chama a atenção do comandante alemão que, por imposição, janta todos os dias no hotel de Sophie. Ele fica obcecado pelo retrato, ou pela própria Sophie. Ela precisa sopesar o que é mais importante para ela nesse tempo de Guerra. Mas uma coisa é certa, o amor dela por Édouard não tem limites.

A segunda história é contada nos dias atuais. Liv ainda vive o luto por perder o marido há quatro anos e agora vive sozinha numa casa enorme e está afundada em dívidas. Sua lembrança do marido: um quadro de uma mulher ruiva com expressão forte, segura de si, intensa [impressões minhas], que seu marido lhe comprou como presente de casamento. Olhar para o quadro todos os dias a faz lembrar do marido e de como ele a via: a mulher arrebatadora do quadro. No entanto, esse quadro se tornou objeto de uma ação de restituição da família do artista. Liv corre o risco de perder tudo que a faz lembrar do marido. A história de Sophie pode mudar a história de Liv, seus conceitos, sua perspectiva de vida.

No ápice dos infortúnios Liv conhece Paul, numa situação inusitada. O destino os laça no que parece  uma brincadeira de mau gosto. Liv precisa decidir o que é mais importante em sua vida agora, as lembranças do marido, sua vida ou as memórias de Sophie. O que liga as duas histórias de Sophie e Liv é o quadro.

Simplesmente encantador, para quem gosta de romances em época de guerras, é perfeito. Entrou para a lista dos meus livros favoritos. A autora eu já tinha em alta conta por "A última carta de amor" (já resenhada aqui no blog).

Como sempre, destaco um trecho romântico que serve para qualquer casal e poderia servir em qualquer época, se pensar que todos vivemos lutas para manter o amor:

"Saiba, minha querida, que marco cada dia, não do mesmo modo que meus companheiros, grato por ter sido mais um a ter sobrevivido, mas agradecendo a Deus pelo fato de cada um significar que seguramente devo estar vinte e quatro horas mais perto de voltar para você" (p.67)


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