Feliz Ano Velho - Marcelo Rubens Paiva

LEITORA CONVIDADA: FLAVINHA

Agora no blog teremos resenhas escritas por convidados e que serão postadas mensalmente.

A resenha de "Feliz Ano Velho" foi escrita pela minha amiga, também devoradora de livros, Flavinha: 

Devo ler (X) Sim
Adaptação em filme (X) Sim (1987)
Tempo de leitura: 5  dias
Páginas: 260 (Editora Brasiliense)

Li Feliz Ano Velho pela 1ª vez quando era adolescente, mas a única lembrança que tenho é de ter gostado do livro, tanto que quando me deparei com ele novamente fiz questão de reler, especialmente porque recordava apenas do enredo central da história.

E que delícia foi refazer esta leitura! Viajei junto com Marcelo Rubens Paiva para cada episódio narrado por ele, desde o mergulho fatal que destruiu uma de suas vértebras até a retrospectiva que ele faz de sua vida durante os meses que passou internado no hospital e depois em casa, iniciando uma nova vida, uma nova realidade, sem movimentos mas com muitas coisas novas para viver. O desaparecimento de seu pai durante a ditadura militar (esclarecido apenas recentemente), seus muitos amores de juventude, os amigos de uma vida inteira, sua paixão pela música, a faculdade de Engenharia.

Não posso negar que um riso surgiu no meu rosto ao pensar que li esta mesma obra lá pelos 13, 14 anos de idade; O motivo? Não é exatamente apropriada a menores de idade, já que o autor narra fatos de sua vida sexual sem grandes pudores!

Acredito que a resposta esteja no simples motivo que esta é apenas “uma colher de pimenta” numa história emocionante de força e superação.

Impossível não terminar esta leitura c/ muita vontade de viver, de superar obstáculos. E principalmente, de saber mais sobre o autor e conhecer outras obras suas. Me adianto em dizer que de futuro engenheiro, Marcelo Rubens Paiva passou a escritor bem sucedido, visto que “Feliz Ano Velho” fez um sucesso estrondoso à época em que foi publicado e abriu novos caminhos ao autor, que além de sua biografia também já escreveu obras adaptadas para teatro e cinema – entre elas a obra da qual estamos falando, e “Malu de bicicleta”, este último, bem mais recente. Paiva ocupa também um espaço como colunista nas edições impressas aos sábados do jornal “O Estado de São Paulo” e num blog vinculado ao mesmo jornal.